Facebook, ou pedaços do que eu sinto lá achados
Fugir. Desaparecer. Hibernar. Correr. Longe. Acordar noutro dia, noutro tempo. Anestesiar o tempo e as dores e vencê-los. Adormecer e quando tudo estiver no sítio acordar. De uma vez por todas. E viver. Cansaço. Choros. De manhã, à tarde, à noite, e nos espaços entre elas. O amanhã pode ser tarde demais. Suportar tudo estoicamente qual saco de pancada da vida e ultrapassar todos os limites do que promete a força humana. A agudeza da dor da impotência. Da dor da impossibilidade daquilo que se quer. A amargura, a frustração, a acidez, a mágoa.. que ficam. A saturação e o cansaço nos limites do real. Atirar uma bomba ao destino, ou como ironicamente nunca gostei muito de Química. Cãimbras do coração e da alma, da saudade que quer ficar para a festa e (acabar de) arrasar comigo. Fugir. Dasaperecer ou hibernar. Para qualquer lugar, para qualquer tempo, mas fugir. Fugir do agora que mata. Mais rápido que os cigarros. Perdida. Entre tristes e não achados. A dor do que tinha que ter sido diferente. A dor da incerteza. A dor de todas as dores. E todas as feridas de cada dor. Mulltiplicadas por todas as dores. Um dia faço uma lista. Das da alma e das do corpo. E junto as do coração.