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Manga Lima

Manga Lima

29
Abr13

M-E-D-O

Manga Meia-Loira

Tenho medo e petrifico quando penso que posso ser obrigada a continuar a viver com uma faca no coração. Tenho mesmo muito medo de ter que me habituar e conformar com as dores que sinto. Tenho medo que isto vá para além do razoável e eu me resigne. Tenho medo de me tornar uma dessas pessoas ácidas e azedas que se cingiram às irremediáveis amarguras da vida. Tenho medo de um dia olhar para a minha vida e pensar que ela me passou pelos dedos e eu não fui capaz de a agarrar por causa da faca no coração. Tenho medo de pensar que cada dia que passa são só mais 24 horas que passam por mim e que nunca mais vou ter oportunidade de as viver. Tenho medo de pensar que estou a perder vida na idade em que, ironicamente, mais a devia sentir. Tenho medo de pensar que isto não tem data de acabar e eu posso ser obrigada a lidar com isso. Tenho medo de algum dia deixar que esta dor entranhe, e nesse dia aceitar que a infelicidade vai ficar. Tenho medo de um dia olhar para trás e perceber que da vida que desenhei àquela que vivi vai mais de um oceano de distância. Sei que será sempre diferente, mas quero que a base não fique muito longe do que penso. Tenho medo disto tudo. E mais a cada dia que passa. E mais a cada dia que passa sem que nada aconteça. Tenho medo, sobretudo, que tudo continue assim. Tenho medo que não apareça outro tornado para repôr o que o primeiro levou. Tenho medo de apanhar a(s) maiore(s) decepções da minha vida. Tenho medo de achar que sou estupidamente crente e sentir-me mais decepcionada que o espaço que vai daqui à lua. Tenho medo do agora. Tenho ainda mais medo do que pode estar à espreita. Tenho tanto medo como ir daqui à lua e voltar. Mil vezes.

29
Abr13

O tempo no Mundo

Manga Meia-Loira

O tempo passa no mundo. E passa em mim. E é estranho quando coisas que já aconteceram há dois anos, ou até há seis, continuam tão vivas em mim. Eu sei onde estava. Eu sei com quem estava. Eu sei o que estava a fazer. Eu olho para mim e estou lá. E é tão, mas tão estranho! Eu lembro-me do centro comercial, da notícia, do jornal. Do dia, do carro, do céu. Dela. Eu lembro-me, depois, de chegar a casa para o almoço. Lembro-me de não ter saído para ver as notícias e fotografias. Eu estava lá. E foi há tanto tempo no mundo, e há tão pouco tempo em mim, que é ainda mais que estranho. E já aconteceu tanta coisa, que parece incoerente dizer isto. É estranho. Sobretudo porque se me perguntasse a mim nesses dias onde estaria hoje, lembrar-me-ia de tudo. Menos daquilo que estou a viver. Não que o que aconteceu nesses dias tenha sido importante para mim. Apenas serviu como marco de referência para saber como era a minha vida naquela altura específica. E já vale só por isso.

27
Abr13

Mistura

Manga Meia-Loira

Desde a última vez que cá escrevi já se passaram alguns dias. Posso até dizer que a minha vida já deu algumas voltas. Não as que quero. Não as que preciso. Apenas algumas. Só algumas. E eu nem sei que sinta, nem sei que pense, nem sei que faça. Tenho de as receber. Tenho de tentar fazer o melhor que conseguir dentro daquilo que quero e daquilo que posso.

E tenho momentos de tudo. Ás vezes sinto-me num filme irreal de terror que não tem fim. Às vezes acho que tudo o que possa fazer será em vão porque parece que quando o mundo está contra aquilo que queremos não há força que resista. E aqui desmoralizo, deprimo, afundo e não quero estar na minha pele. Não quero continuar. Não quero, tampouco, imaginar que isto poderá continuar. Não quero ser eu. Outras vezes acho que tudo está e tudo poderá correr tão, mas tão mal, que só poderá correr bem. Assim, de forma irónica. Afinal já percebi que a ironia da vida pode tudo. E aí entro em modo fé-optimismo-esperança, e tudo-acaba-bem-e-se-não-está-bem-é-porque-não-acabou, e 2013-é-um-ano-de-vai-ou-racha-e-rachar-mais-é-imossível, e Maio-é-um-mês-de-Maria-e-de-fé, e Agosto-pode-ser-sempre-uma-surpresa-ou-não-fosse-um-mês-meu, e Outubro-pode-ser-ironicamente-especial, e Dezembro-será-Dezembro-ou-não-fosse-este-ano-um 13. E ainda-vou-ser-estapafurdiamente-feliz-no-meu-aeroporto-este-ano-13. E um-ano-que-começa-com-neve-e-lágrimas-só-pode-acabar-com-sorrisos-e-sol. E é por isto que (ainda) me levanto todos os dias. É por isto que ainda acho que vale a pena meter gasolina para fazer os mínimos e continuar o caminho, ainda que na reserva. E é por isto que ainda me arrasto pela estrada desta vida que não escolhi. Nestes momentos penso que ainda tenho de acreditar. Que ainda devo isso a mim própria. E é esse modo que meto na cabeça. E depois ainda tenho outro "às vezes". Às vezes penso que este modo é a maior parvoíce. E sinto-me estupidamente ingénua. E penso que se isto não for verdade (como é mais certo) me sentirei ainda mais defraudada. Ainda mais afundada. E logo depois penso que nada pode ficar como antes. Mas também nada pode ficar como está agora. E já não sei o que pensar.

Penso só que a ironia da vida e todas as leis de "compensação" do Universo farão o seu trabalho. Que o 13 é um número de fé, esperança e impossíveis. Que tudo ficará bem quando acabar bem. E que se não está bem é porque não acabou ainda. Que eu mereço esse (re)começo/final feliz. Nós merecemos. Que assim como tudo se vai tudo se vem. Que terei -teremos- sempre, cada nosso anjo-da-guarda e duas-mais-duas estrelas do céu, e que juntos nos guiarão até ao "acabar bem".

26
Abr13

Aero(Porto)(s)

Manga Meia-Loira

Aeroporto. Aero(Porto). Pois bem. Primeiro era pequenina, e ficava fascinada com os aviões. Com as viagens de férias. E os aeroportos eram lugares, na minha ótica, bonitos. Lugares de partida e chegada para férias. Andar de avião era mesmo bonito. O lugar da minha primeira viagem de avião, das férias. Depois mudou tudo. Passou a ser o sítio de onde ele tinha ido embora. O sítio que, mataforicamente, o afastou de nós. E depois ainda o sítio que o trouxe de volta. O sítio que o levou a ele, e a nós por arrasto, a perder um Verão de dores. Depois foi o sítio de onde ele veio. E ficou. Mas tudo começou aí. Foi um ano de partidas e (não) chegadas. Um ano perdido entre os lados de cá e lá com aeroportos no meio. Um ano de feridas, também. Mas o ano passou. O natal veio e ele regressou, enfim. E tudo estava onde, quando e como tinha que estar. O aeroporto já não era sítio de dor. Mas também já tinha perdido o encanto. Passou a ser só um sítio. E pronto. Que dizer mais? Depois veio isto tudo e os aeroportos são agora, novamente, lugares de dor. Para mim. Para eles. Para nós. Lugares onde se deixa sempre algo para trás que dói. Porque está tudo dividido. Está tudo, mesmo, perdido. Entre cá e lá, entre voltas e (não) voltas. Entre perdidos e (não) achados. Entre incertezas, (des)crenças e esperanças. E pronto. Nunca gostei de despedidas. Das minhas, pois. Das que me doem na pele e no coração. E o aeroporto é o sítio delas. Se não o sítio, o que as realiza em nós. O que as materializa. Nunca gostei, mas neste momento parece que estou condenada a elas. Como uma desdita que não larga. Parece que estou condenada a sentir-me partida entre ocenos e aeroportos.

Há os das férias, lugares normais. Há o daqui, do sítio onde escrevo, lugar de estúpidas chegadas e, até agora, agridoces partidas. E depois há o meu. Bonito na hora das chegadas. Mas naquelas em que chegam todos os que deviam chegar. Bonito na hora de receber alguém. Acho que nunca conseguirei mais olhar para um aeroporto como sítio bonito. Há, simplesmente, marcas que não passam. Podem um dia cicatrizar, mas nunca serão "desmemorizadas". E tenho uma pena desmedida que assim seja. Tenho mesmo pena. Gostava de olhar para os aeroportos como sítios bons. Sítios que nos levam a conhecer novos sítios, sítios que nos levam onde queremos. Sítios, sobretudo, que nos trazem de volta. Gostava mesmo. Por agora são só os sítios onde a dor se materializa. De qualquer forma, foram sempre locais que me fascinaram. É mágica a parte das chegadas. Olhar a placa. Ver a pista. Esperar por alguém que queremos ter ao nosso lado. Olhar para a porta que se abre constantemente à espera que nos apreça quem nós queremos. Adivinhar quando é o momento. E sorrir. É quase terapêutico isto. É quando se percebe o que é sentir. O que é gostar tanto de alguém que o queremos ter perto. Ver como as pessoas se aproximam, se reencontram, se matam de saudades. Serei sempre desmesuradamente mais feliz na hora da chegada completa. Na hora de receber alguém. Com pronúncia do Norte. E a ribeira à vista. Sempre. 

E um dia ainda vou ser estapafurdiamente feliz no meu. No sentido que quero que seja.

11
Abr13

"Afogada"

Manga Meia-Loira

É assim que me sinto. Afogada em emoções. É assim que me tenho sentido. Afogada em memórias, em lembranças, em sentimentos. É assim que tenho estado. Não deixa de ser irónico. Eu, a racionalidade em pessoa, a mulher que não abre a boca nem dá um passo sem pensar, e eis-me aqui e agora, afogada em sentimentos e sensações. Os meus, e agora também, os dos outros. Quando estamos sensíveis é assim. O mínimo dos mínimos põe-nos de lágrima a saltar pelo olho. Hoje foi um post no facebook de uma conhecida a falar da mãe que perdeu faz hoje anos, foi um post num blogue de uma mãe que está doente no hospital e só pôde estar com a filha uns minutos, foi um post num blogue a falar de um aeroporto e de partidas e chegadas. E eu que não consigo conter as lágrimas.

Ando assim, e é muito estranho. É o meu ano do caranguejo, e que ano! Bolas! Raios para os signos de água e para esta sensibilidade toda! Mas é isto que me acontece, e não consigo fazer nada. Preciso, muito, de sentir tudo, de descobrir tudo, de deslindar memórias, acontecimento passados, histórias que me traçaram as raízes, e tudo mexe comigo. E, assim, tudo o que mexe com emoções mexe comigo. Ainda que não me diga respeito, ainda que não esteja relacionado comigo, ainda que não me venha da pele. Nunca pensei que isto acontecesse em mim. É complicado, só consigo sentir, a racionalidade foi-se toda. Isto pode ser bom, mas é desgastante. E apesar de tudo nunca tinha crescido tanto como nesta fase. Às vezes precisamos mesmo de fazer uma revisão de tudo o que fomos, tudo o que perdemos, tudo o que quisemos, tudo o que tivemos, tudo o que temos, tudo o que queremos, tudo o que ainda podemos recupar, tudo que nos levou até ao hoje, tudo o que originou aquilo que somos no agora, para poder seguir. E isso faz-nos crescer. Faz-nos ser, sim, desmesuradamente maiores. Faz-nos ser inteiros. Faz-nos descobrir tesouros incalculáveis por entre tudo o que aconteceu até ao presente. Faz-nos valorizar de uma forma inexplicável as pessoas, a família, o amor, os momentos partilhados. Ensina-nos o que mais nada nem ninguém consegue ensinar. Ensina-nos, sobretudo, a valorizar aquilo que é mesmo importante. Ensina-nos a viver. Só viver. E só viver é viver. E só viver é saber respirar, é saber amar, é saber viver as nossas pessoas, é saber viver os nossos momentos, é saber viver o que de melhor e mais simples está ao nosso alcance, seja um dia de sol, uma sobremesa, uma conversa, uma gargalhada. E isso não se aprende. Apreende-se. Pode levar tempo. Pode ser confuso e desgastante. Mas é um ensinamento para a vida. É aprender a sentir, a valorizar, a compreendermo-nos, a viver. É aprender que a vida não deve levar uma vida para ensinar à vida que dela só levamos o melhor. Eu demorei até agora. Mas estou a aprender. E espero que fique para sempre. O ensinamento, pelo menos.

10
Abr13

"Navegar"

Manga Meia-Loira

Navega, descobre tesouros,
mas não os tires do fundo do mar,
o lugar deles é lá.

Admira a Lua,
sonha com ela,
mas não queiras trazê-la para Terra.

Goza a luz do Sol,
deixa-te acariciar por ele.
O calor é para todos.

Sonha com as estrelas,
apenas sonha,
elas só podem brilhar no céu.

Não tentes deter o vento,
ele precisa correr por toda a parte,
ele tem pressa de chegar sabe-se lá onde.

As lágrimas?
Não as seques,
elas precisam correr na minha, na tua, em todas as faces.

O sorriso!
Esse deves segurar,
não o deixes ir embora, agarra-o!

Quem amas?
Guarda dentro de um porta jóias, tranca, perde a chave!
Quem amas é a maior jóia que possuis, a mais valiosa.

Não importa se a estação do ano muda,
se o século vira, conserva a vontade de viver,
não se chega a parte alguma sem ela.

Abre todas as janelas que encontrares e as portas também.
Persegue o sonho, mas não o deixes viver sozinho.
Alimenta a tua alma com amor, cura as tuas feridas com carinho.

Descobre-te todos os dias,
deixa-te levar pelas tuas vontades,
mas não enlouqueças por elas.

Procura!
Procura sempre o fim de uma história,
seja ela qual for.

Dá um sorriso àqueles que esqueceram como se faz isso.
Olha para o lado, há alguém que precisa de ti.
Abastece o teu coração de fé, não a percas nunca.

Mergulha de cabeça nos teus desejos e satisfá-los.
Agoniza de dor por um amigo,
só sairás dessa agonia se conseguires tirá-lo também.

Procura os teus caminhos, mas não magoes ninguém nessa procura.
Arrepende-te, volta atrás,
pede perdão!

Não te acostumes com o que não te faz feliz,
revolta-te quando julgares necessário.
Enche o teu coração de esperança, mas não deixes que ele se afogue nela.

Se achares que precisas de voltar atrás, volta!
Se perceberes que precisas seguir, segue!

Se estiver tudo errado, começa novamente.
Se estiver tudo certo, continua.

Se sentires saudades, mata-as.
Se perderes um amor, não te percas!
Se o achares, segura-o!

Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
"O mais é nada".

 

Fernando Pessoa

 

10
Abr13

"Com quem não se conhece"

Manga Meia-Loira

Ouvi "Talvez seja mais fácil contar tudo a quem não se conhece. Pelo menos não somos julgados". E nunca até agora tinha percebido o sentido desta frase, mas é muito mais verdade que o que possa parecer. Por vezes só quem está de fora consegue ter uma opinião isenta. Só quem não conhece as pessoas, as situações, consegue perceber. Ninguém dos que as vivem, ou dos que tem relações com as pessoas, consegue ser suficientemente distante para ajudar. Por vezes apenas desconhecidos conseguem fazer isso. Uma exposição isenta et voilá. É por isso que os psicólogos são tão importantes. É chegar ao lado de alguém e "despejar" o que sair. De alguém que não pode julgar porque não conhece. De alguém que não tem opiniões formatadas porque nunca contactou com a situação. De alguém que simplesmente está "em branco" e por isso consegue fazer uma reflexão e ajudar.

10
Abr13

Bloqueio(s)

Manga Meia-Loira

E quero escrever sobre tudo, mas não consigo. Quero destrinçar o sentimento de dor que me invade, quero passar para palavras o que é ver um sonho a desfazer-se como um castelo de cartas, quero escrever sobre a angústia de quem vê tudo cada vez mais longe do alcance. Quero explicar o que é estar perdido como me sinto agora, e não poder fazer nada. Quero falar do sofrimento que isso traz. Quero falar das dores que as lembranças trazem, das feridas que se abrem cada vez que penso que tudo poderia ser diferente. Quero falar da dor que é perder um bocadinho de esperança a cada dia. Quero falar da frustração e da mágoa que ficam. E não consigo. Simplesmente bloqueio. É demasiada dor para suportar. É demasiada incerteza para controlar. É demasiado medo para ter coragem. É demasiado sofrimento para aguentar. É, sobretudo, tudo junto. E já não arranjo palavras. Gastei-as e gastei a energia.

Sinto-me exatamente como uma grávida que só quer que o tempo passe. Estou, eternamente, em "modo espera". Só não sei se algum dia vai chegar aquilo que espero. Até lá, estou em "modo espera". A ver o tempo passar. Só. É o que tenho de fazer. Esperar e deixar acontecer. Isto é, se algo tiver realmente de acontecer. É isto que a vida me impõe, esperar e fazer o esforço de (ainda) acreditar.

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