Outubro que foi
Outubro foi ter o coração todos os dias a viver num turbilhão, a subir e descer montanhas de lágrimas e risos, de mágoas e esperanças, de frustrações e de sonhos. Outubro foi parar, parar muito, e ter o cérebro a vaguear entre o passado e o futuro. Foi uma espécie de vida em suspenso e coração ao alto.. mãos ao ar como se as emoções nos assaltassem. Outubro foi recuar quatro anos no tempo, voltar àquele outono ainda que de forma diferente e (re)aninhar-me em mim e na necessidade premente de paz e amor. Outubro foi voltar a querer tê-los por perto à força toda, voltar a ter a certeza de que preciso deles aqui e agora, onde a vida e as mudanças doem. Outubro foi bater de frente em emoções profundas, chocar a alta velocidade com elas, e não saber por onde seguir ou o que fazer com elas. Outubro foi também voltar a precisar de me sentar à frente dela para (re)equilibrar pensamentos, sentimentos, emoções e projecções. Outubro foi ainda procurar respostas onde nem tudo tem explicação científica e sair a sorrir, ainda que com dúvidas e medo. Outubro foi-se, entre um tempo que já passou e outro que há-de chegar mais ainda não veio. Que nos reste a tranquilidade de saber que enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar.