Uma vez mais no café do aeroporto. Em mais uma manhã de partida para mais uma viagem de visita. Uma vez mais o mesmo sentimento de quem quer ficar e tê-los aqui. Uma vez mais os mesmos desejos de sempre e dos últimos anos. Volto em 2018, quando aterrar aqui. Com os mesmos sonhos, já tão gastos e por viver mas sempre presentes. Que seja o ano de todas as mudanças, sobretudo das mais que necessárias.

A palavra sexta-feira tem tido um significado difícil e amargo. Hoje não, hoje foi diferente. Hoje houve um pouco da paz que não sentia há tanto mas tanto tempo. Sobretudo no momento em que saí por aquela porta com a sensação de dever cumprido.

Dizem-me que segundo as estrelas não somos (fomos) só um sonho de uma noite de verão. Não sei se acredito porque acho que até tenho medo de acreditar. Não sei e acho que tu ainda sabes menos. Só espero que saibas que não fazendo nada já estás a fazer algo.

Está frio, é Natal e Dezembro chegou a sério. A minha cabeça é um turbilhão entre a família distante, o mestrado aos tropeções e a incerteza dos sentimentos de alguém. Ainda há a viagem que tenho para fazer. Não sei o que fazer ou pensar. O tempo há-de guiar e as estrelas hão-de estar lá.