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Manga Lima

Manga Lima

25
Mar19

A meia loira escreve a tese #2

Manga Meia-Loira

Pronto, até a cama vira escritório. As primeiras frases e páginas já arrancaram... lenta, lentamente, porque o tempo não dá para mais. Agora é só não parar. O comboio fo apanhado, tem de ser sempre a seguir. Mesmo que muitas vezes seja preciso respirar fundo. Mas a conversa de ontem com o meu pai ajudou-me tanto... é não parar, seguir e não parar. Será um longo caminho, mas há-de ser bonito e passar rápido!

25
Mar19

Sobre este fim-de-semana

Manga Meia-Loira

Sobre sábado... sobre um dia doloroso que tocou feridas de alma profunda

 

Sobre sábado... sobre uma noite linda a percorrer as ruas tão especiais da cidade enquanto me faziam (re-)respirar fundo e (re-)sorrir

 

Que na vida aconteça como naquele dia

 

Resultado de imagem para depois da tempestade

24
Mar19

A cidade depois da tempestade

Manga Meia-Loira

Hoje tive um dia que não foi um dia... foi uma tespestade de sentimentos e de lágrimas. Hoje vivi uma das tardes mais longas e difíceis de sempre e vi uma amiga enterrar o pai dela. Não há outra maneira de o dizer, por mais que me doa escrever isto... e por mais que me doa a certeza de que nunca ninguém devia ser obrigado a despedir-se assim de um pai, muito menos aos 24 anos. Não, não se está preparado. Mantive-me firma na convicção de não chorar e consegui, mas desabei no momento em que entrei finalmente no meu carro para vir embora. E aí, a partir desse segundo em que finalmente fiquei sozinha comigo, fui tudo o que naquelas horas não consegui ser... e tive uma série de flashes por entre as lágrimas que me corriam e vi e revivi a ausência dos meus pais, a incerteza do regresso deles, a falta do colo deles, a falta do abraço do meu pai quando só o queria agarrar naquele momento e confirmar que ele estava ali, o desamor, os pedaços do meu coração desfeito, a descrença no amor, a angústia de alma e a angústia física de não conseguir encontrar o amor e viver de coração desfeito. Por coincidência das coincidências já tinha há dias um jantar marcado com as minhas outras amigas e foram elas a salvar-me o dia e a vida, como o tem sido tantas vezes nestes últimos tempos. E então fomos jantar.. e conversamos, e sorrimos, e falamos de colegas, e de trabalho, e de aulas...e falamos de nós e da vida e do amor... e sorrimos e recordamos e revivemos momentos felizes...e  contamos histórias de rir... e percorremos as ruas da cidade noite fora... e sentamo-nos nas escadas em frente à avenida e recordamos histórias felizes... e comemos gelado enquanto falávamos de signos e de coisas giras... e fomos a um bar e rimos até doer a barriga... e eu fui salva por elas. Hoje como em tantos outros dias. E saí de lá com o coração sereno e a alma tranquila... renovada e sem o sufoco da tempestade com que cheguei à cidade. E a lua estava linda, tão linda que só visto... e lembrei-me enquanto percorríamos as ruas da cidade daquela música "A cidade até ser dia". Hoje pisei a cidade com as almas bonitas que me tem acompanhado e fui salva por isso. Depois da tempestade veio a calma da cidade e fui lembrada de que enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar. A vida é dura, é cruel, é imperfeita, é traiçoeira, é difícil, arranca-nos o tapete do chão, faz-nos desabar o mundo.... mas depois também é demasiado perfeita naquilo que tem de ser e em certos momentos... e então acontece isto: aquele plano de jantar feito há dias não foi só isso, foi o ar que eu precisava para poder continuar a respirar depois de um dia de tempestadade violenta e arrasadora... coincidência ou não, a vida talvez soubesse antes de mim o quanto eu ia precisar de pisar as ruas da cidade por entre sorrisos e memórias bonitas depois de ter perdido o chão durante a tarde.

21
Mar19

Quando alguém perde um pai...

Manga Meia-Loira

Quando alguém perde um pai deve haver uma luz, naquele lugar mais profundo e íntimo de nós, na nossa alma, que se apaga. É um pedaço que é arrancado e que nos leva o passado, o presente e muito do futuro. Uma amiga minha perdeu o pai, de repente.. assim do nada, novo e saudável e morre de um dia para o outro. Outra amiga minha está a ver todos os dias o pai a morrer-lhe aos bocadinhos por causa de um cancro que se metastizou. Nunca ninguém devia ser obrigado a isto. Nunca ninguém devia ser obrigado a despedir-se de um pai aos 24 anos. Em idade nenhuma, mas muito menos quando ainda temos tanto para partilhar com os pais. Nem consigo acreditar... muito menos consigo imaginar a dor que seja. É um pedaço profundo de nós que nos é arrancado à força, é uma infância colorida e de sonhos que nos é rasgada, é um arco-íris de sonhos futuros que nos é desfeito. Caramba, nem consigo sequer imaginar. Rezo todos os dias, com a alma inteira, para que no dia em que a vida me obrigar a despedir-me dos meus pais eu tenha um casamento feliz que me suporte e um filho ou mais que me obrigue(m) a continuar a sonhar o futuro. E também espero nesse dia ficar com a certeza de que eles tiveram uma vida inteira, plena e feliz e... que eu tive uma vida inteira, plena e feliz de partilhas com ele. Aos 24 ainda somos crianças crescidas à procura do nosso lugar no mundo, aos 24 ainda precisamos sempre e infinitamente do colo dos pais, aos 24 ainda precisamos de saber que há um lar-raiz onde voltar, aos 24 ainda precisamos de ter a nossa base e raiz sempre lá para não termos tanto medo de voar sozinhos. Aos 24 ainda temos uma vida inteira de sorrisos, momentos e conversas a partilhar. Aos 24 ainda temos uma vida de memórias por construir com os nossos pais. Aos 24 o mundo ainda é "um lugar tão grande e tão frio" e ainda achamos muitas vezes que não temos o que fazer nem para onde ir. Aos 24 o nosso pai ainda não nos viu, muitas vezes, a viver um amor que nos faça felizes, ainda não nos viu ser pedidas em casamento, ainda não nos levou ao altar da igreja para casarmos. Aos 24 o nosso pai ainda não nos viu alcançar metas e sonhos profissionais. Aos 24 o nosso pai ainda não nos viu anunciar-lhe que vamos ser mamãs e ele vai ser avô. Aos 24 o nosso pai não conheceu o(s) nosso(s) filho(s). Aos 24 o nosso pai não deu colo, comida e mimos ao(s) nosso(s) filho(s). Aos 24 o nosso pai ainda não fez parte da vida, da alma e do coração do(s) nosso(s) filho(s). Aos 24 o nosso pai ainda não ficou com os netos em todas as noites e todas as vezes que quisemos sair para namorar ou passear. Aos 24 o nosso pai ainda não conheceu a casa com jardim e talvez com piscina que um dia queremos ter. E eu podia continuar, mas acho que já me cansei... porque aos 24 fica tudo por fazer, fica tudo por dizer, fica tudo por viver. Resta-me ter a presença possível na vida e na dor destas minhas amigas. Resta-me ainda mais continuar a pedir, todos os dias, que o meu pai me possa continuar a dar colo vida fora, e possa levar-me ao altar da igreja quando eu casar, e possa ver-me a ser mamã, e possa ver o(s) neto(s) dele a crescer, e possa tomar conta dele(s) e dar-lhe(s) todo o mimo e colo do mundo, e possa ver-me a ser profissionalmente feliz e reconhecida, e possa ver-me completa e feliz e serena e realizada e essas coisas todas. Com tudo isto só me lembro de duas coisas: da máximo do Carpe Diem e daquela música lindíssima que diz "Segura teu filho no colo / Sorria e abrace teus pais / Enquanto estão aqui / Que a vida é trem-bala, parceiro / E a gente é só passageiro prestes a partir".

19
Mar19

Dia do (meu) PAI

Manga Meia-Loira

A menina que escreveu isto (eu) é muito menina do papá, mas assim muito mas mesmo muito, e vive longe do pai... coisa que lhe dá cabo do coração e da alma muitas vezes e que há-de mudar em breve. Um grande parabéns e um grande bem haja a todos os pais que são pais-colo, pais-guia e pais-luz e tudo o resto que os pais devem ser! E então foi isto que lhe escrevi e enviei hoje:

" Pai. Hoje é dia do Pai. Encontrei este texto* e achei que ele espelhava na perfeição muito daquilo que eu sinto, por isso vou deixá-lo aqui para ti:

 

(a todos os filhos que têm um Pai com Pê grande | aos que têm um pai que é o tudo e o todo. que é um pai-casa, um porto de abrigo, a força maior, o herói e o super herói, o abraço onde cabemos sempre, o lugar para onde podemos correr porque sabemos, com a maior certeza da vida, que o nosso Pai, com Pê grande, vai lá estar. incondicionalmente. aos filhos que têm um Pai que é tantas vezes Pai e Mãe e que está sempre presente, mesmo que geograficamente ausente, que têm nos filhos a sua maior prioridade, a sua maior alegria e orgulho. os que ensinam pelo exemplo, os que lutam sempre por nós, os que nos amam nos dias bons e nos dias maus, os que sabem ser, dar e doar o melhor de si. aos filhos que hoje celebram o dia do Pai dentro do seu coração, com a certeza das estrelas que brilham mais forte. a todos os filhos que como eu, têm um Pai que é um norte e um sul nas suas vidas: que saibamos sempre agradecer esta sorte imensa que a vida nos deu de ter um Pai com Pê grande. # que-seja-dia-do-pai-todos-os-dias-no-nosso-coração) *

 

Agora já sou eu a escrever outra vez: o texto é tão bonito que tinha de o deixar aqui para ti, porque hoje é o teu dia e porque sempre foste e és o meu norte e o meu sul, o meu guia e a minha estrela, a minha última certeza quando o resto do mundo falha.... e a verdade é que desde há seis ou sete anos que o mundo inteiro tem falhado comigo. Não é só nestes dias que sinto a dor da tua falta, acho que é no dia-a-dia de todos os dias e em todas as pequeninas coisas que nunca posso partilhar contigo... no fundo a tua ausência está em todo o lado e é por isso também que eu tenho vivido numa luta diária para sobreviver ou para não me deixar afogar por tudo o que corre mal. Acho que nunca estive nem nunca estarei preparada para deixar de te ter no meu dia a dia e em todos os meus dias, por isso é que sinto sempre, mas sempre, que me foi arrancado um pedaço de mim.. que a vida me arrancou um pedaço sagrado de mim e me arrancou uma das partes mais bonitas e inspiradoras da minha vida... que me arrancou uma das grandes fontes de vida e de energia que tinha, porque tu és tudo isto. Tenho todos os dias desde há seis anos sentido falta de luz... da luz que tu és, da luz que éramos todos juntos, da luz e dos sonhos com que eu via o futuro. Tenho todos os dias umas saudades tremendas da luz que havia em mim e em nós enquanto eu cresci. Tenho feito tudo o que posso para que a esperança na vida, no amor, na família e no futuro não morra, e acho e espero que no dia em que esta fase acabar eu comece a ter paz e a recuperar a luz que se foi apagando todos os dias durante estes seis anos. Acho mesmo que estamos a poucos passos disso e que aí eu poderei respirar e voltar a ganhar, devagarinho, luz, vida, energia e sonhos. Tenho feito disso uma das grandes fontes de energia da minha vida. E nesse dia em que começarmos uma nova vida, e em que eu poderei voltar a ser filha, tudo terá um valor ainda maior e eu espero poder viver e recuperar tudo o que ficou perdido nesta interrupção que a vida nos obrigou a fazer. E aí acho que estarei em paz com todas estas feridas e mágoas... e prometo viver cada dia com a certeza de que a vida se resume ao colo que damos aos filhos e aos sorrisos e abraços que damos aos pais. Como diz aquela música que te deixei o outro dia, a vida é brisa passageira que se resume a isso: ao amor e à vida que damos aos nossos pais, aos nossos filhos e a quem nos quer bem.

 

Um beijinho enorme, com o desejo profundo e a esperança imensa de que este seja o último dia do Pai vivido à distância ❤ Que a vida nos permita recuperar essa luz há tanto tempo escurecida"

 

* o texto, belíssimo, que partilhei com o meu pai é do blogue "Às 9 no meu blogue" e encontrei-o em: https://www.facebook.com/asnovenomeublog/photos/a.451930444874857/2253908878010329/?type=3&theater

 
 
 
 
16
Mar19

A meia loira escreve a tese #1

Manga Meia-Loira

Hoje começou a sério. Depois de seis meses a assobiar para o ar, a fingir que a tese se faz sozinha e a ler e escrever apontamentos de livros para a tese, hoje foi a sério.

 

Hoje esta que aqui escreve sentou-se e teve de começar a escrever. Foi duro, foi difícil, foi frustrante, foi exasperante. Respirei fundo, parei, suei, mal disse da vida e do dia e da tese e do mestrado e de tudo. Suei, respirei fundo, parei e achei mil vezes que não tinha nada e não conseguia escrever nada e não conseguia organizar nada nem fazer nada.

 

Mas pronto, pelo meio, e no meio de tanto drama e tanto respirar fundo e tantas horas, lá fui escrevendo umas coisas. Mil e tal palavras, três páginas. Foi o ponto 1 do 1º capítulo. E pronto.... agora é continuar e continuar e continuar. Um longoooo caminho pela frente se avizinha. Mas agora tem de ser. Haja o que houver, aconteça o que acontecer. Que a persistência se sobreponha sempre ao drama. Sempre.

(Este foi o post nº1, ou #1. Isto vai por números para no fim eu me poder rir da quantidade de dramas e posts dramáticos que escrevi.)

13
Mar19

Sobre o vídeo "Não é uma tragédia"

Manga Meia-Loira

Há um ano bati de frente neste vídeo. Tinha ido até ao meu santuário preferido meditar, à tarde, e encontrei isto. Foi, e é, um murro no estômago sempre presente.

Este vídeo (re)lembra-me o que os meus perderam e o que os meus me roubaram ao decidir deixar tudo e ir viver para outro país 

Este vídeo impulsiona-me ainda mais a obrigá-los todos os dias a voltar, ou a fazer tudo o que me é possível e impossível para os fazer voltar

Este vídeo contribuiu para um nó na garanta, e no coração, e no cérebro, que já me fez dizer aquilo que nunca imaginei ser capaz de dizer... e ganhei paz

Este vídeo faz-me ainda mais todos os dias ter uma vontade profunda de os ter de volta. Este vídeo faz-me ainda mais todos os dias querer encontrar um amor doce que me dê colo. Este vídeo faz-me ainda mais desvalorizar os prémios, o mérito, a excelência, a carreira, o status, o título de "Dra.", o reconhecimento, os graus académicos e tudo isso.

 

Não, não foi este vídeo que fez isto tudo. Mas este vídeo sintetiza, muito e muito bem, aquela ideia de que a vida se resume aos sorrisos e abraços que damos aos pais e aos beijinhos que damos aos filhos. Sintetiza a ideia de que nada, mas nada no mundo, pode ser mais importante que a família e o amor. Porque no fim não somos carreira, títulos, prémios, status...... No fim somos os abraços e os sorrisos e os beijos que trocamos com os nossos. Apenas e só. Ainda bem que percebi isto cedo na vida. Agradeço profundamente por isso. E ainda bem que este vídeo sintetiza aquilo que é essencial na vida e nos ajuda a ter as prioridades e o coração no sítio certo.

 

13
Mar19

Ontem demos (mais) um passo

Manga Meia-Loira

Ontem foi um dia bom. Ontem recebemos a Mar e assinamos a alteração ao contrato que nos pode levar a conseguir, finalmente e mais do que finalmente, a venda que eu quero tanto realizar. Ontem senti-me um passo mais próxima de realizar esse sonho. Ontem... sonhei. Sem garantias de nada, mas sonhei... ainda que por breves segundos sonhei. E isso já é tão bom! Ontem ficamos um passo mais próximos de concretizar algo de bom. E a vida feita, sobretudo, disso!

12
Mar19

Um dia escrevo uma tese

Manga Meia-Loira

Esta que aqui escreve tem uma tese de mestrado para fazer. E tem um projeto de tese feito. E um tema giro. E um orientador fixe.

Esta que aqui escreve anda desde Setembro a assobiar para o lado e fingir que não tem a tese para fazer. 

Esta que aqui escreve anda, portanto, há seis meses a acreditar que a tese se faz sozinha.

Esta que aqui escreve está a estagiar e a ter aulas da Ordem na qual se inscreveu e tem usado isso como desculpa.

Esta que aqui escreve tem vivido semanas emocionalmente arrasadoras e turbilhões emocionais, por coisas que nada tem a ver com o estágio ou a tese, e também tem usado isso como desculpa.

Esta que aqui escreve tem até 31 de Outubro de 2019 para entregar a tese. E provavelmente (ou de certeza - quase - absoluta) que vai precisar de pedir mais tempo.

Esta que aqui escreve recebeu prémios de mérito e excelência a vida toda e nunca deixou nada por fazer. E fez sempre tudo bem, aliás mais que bem. Sempre deu tudo e se esforçou e se entregou por inteiro e em absoluto à parte académica.

Esta que aqui escreve está a precisar seriamente de um abanão de realidade para acordar para a vida. Ou de um balde de água fria pela cara abaixou. Ou de alguém que lhe atire a cabeça com força contra a parede.

Esta que aqui escreve TEM OBRIGATORIAMENTE que começar a escrever a tese. Haja o que houver. Aconteça o que acontecer. Nem que o mundo acabe. 

ESTA QUE AQUI ESCREVE TEM QUE TER A TESE PRONTA ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2019. (E devia ser 31 de Outubro, mas até já dou isso de barato e estipulei esta data para mim).

Haja o que houver. Aconteça o que acontecer. Eu não morro sem ter uma tese feita. Ponto final. 

(E este post servirá para eu, daqui a uns meses, ter a tese feita nas mãos e me rir disto. E para me lembrar do dia em que este blog se tornou um muro de lamentações... porque me cheira que virá aqui parar muito drama com a etiqueta de "tese".)

LET THE DRAMA BEGIN! 3,2,1... HERE WE GOOOOO

06
Mar19

"Astrocoisas" e luas

Manga Meia-Loira

Sim, eu até tenho a lua no signo de gémeos e contra mim falo. Sim, eu acho piada a estas coisas. Sim, eu confirmo que isto é verdade verdadinha. Só alterava uma coisa: não escrevia "sai correndo", escrevia "sai fazendo um sprint como se estivesse nos Jogos Olímpicos e a sua vida dependesse disso". 

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