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Manga Lima

Manga Lima

05
Mar19

Estas últimas semanas

Manga Meia-Loira

2019 significa turbilhão. Significa começar o ano entre sorrisos e lágrimas, amor e desmor, certezas e incertezas. Significa ter logo em Janeiro um embate de frente (e em cheio e doloroso) com os pais. Significa lágrimas e dores por causa desse embate e dos rasgões que esse embate provocou. Significou uma lufada de ar fresco e de paz e de felicidade com a notícia do apartamento. E sorrir, e acreditar, e ver mudanças, e respirar, e amenizar a dor dos rasgões acabados de acontecer. Significa ter em Fevereiro outro rasgão daqueles que espero nunca mais ter na vida, provocados assim lá no fundo da alma e do coração, naquele lugar onde ninguém nunca devia poder tocar. Significa dar voltas e voltas e mais voltas à cabeça, e ainda mais voltas à vida e ao coração, resignificar o passado, lutar para sobreviver no presente, fazer um esforço do tamanho do mundo para conseguir sonhar o futuro. Significa reaprender a viver e a sorrir e ainda mais reaprender a (sobre)viver com os rasgões de Fevereiro. Significou aulas que me mostraram e mostram que é possível voltar a ser feliz numa sala de aulas, que é possível voltar a gostar de me sentar e aprender, que é possível voltar a sorrir numa aula depois daquele ano desastroso de aulas. Significou ter o tempo contado ao segundo quase todos os dias e ainda bem. Significou andar completa e absolutamente distraída com tudo. Esquecer material, esquecer cadernos, esquecer manuais, esquecer horários, esquecer tarefas, esquecer dias, esquecer itinierários e estradas. Significou estar distraída ao ponto de fazer o caminho dos últimos anos quando tinha de fazer o inverso porque trabalho noutro sítio. Significou receber uma série de pagamentos das Finanças para fazer e pensar que queria e podia usar o dinheiro noutras coisas. Significou pagar uma multa pesada porque me esqueci de pagar o IUC do carro a tempo. Significou pagar uma multa chata na biblioteca porque me esqueci do dia para entregar os livros. Significou um acidente de carro que me deixou num pico de nervos inimaginável. Significou bater de frente numa matrícula de carro num certo sábado que me deixou completa e absolutamente à nora. Significou achar que ia apanhar outra multa na biblioteca e afinal não apanhei. Significou achar que o senhor do carro em que bati ia querer assinar a declaração e declarar-me culpada (e fui, que fui eu que bati) e afinal ele não quis nada. Significou uma consulta de astrologia em que ouvi tudo o que de melhor algum dia poderia ter ouvido (ou quase)... e se aquilo que ouvi se for concretizando... 2019 será O ano. Significou perder horas de sono e de vida em nome dos rasgões que acabam de acontecer. Significou ouvir ontem algo que me fez sorrir interiormente e que me abriu uma possibilidade linda de realizar algo que quero muito mas assim muito... e ai de mim que eu ainda vou conseguir vender aquilo nem que seja a última coisa que eu faça na vida. Significou ver aquele sonho de pedra crescer dia a dia e semana e semana, e ganhar paredes, e ganhar pisos e tudo e tudo. Por agora é isto. 

01
Mar19

Fevereiro

Manga Meia-Loira

Só me ocorre uma frase em relação a este mês que passou. Aquela da música da Mariza que diz que "é preciso perder para depois se ganhar". Toda aquela música é um espelho destes últimos dias. Às vezes é preciso arrancar pela raiz, assim de rasgão, uma planta que já nos cansava, que já estava seca, que já não nos fazia bem, que já não tinha nada a dar, que não nos acrescentava nada, que já não nos fazia sentido. Pior, que estava a impedir que algo de bom, de bonito, de novo, nascesse. E então rasgamos. E então arrancamos. E então desejamos, de alma e coração e inteiro, que algo de bom e de bonito e de novo nasça finalmente. A terra fica livre e com ela há um mundo de possibilidades bonitas por chegar, por nascer e por crescer. É preciso perder para depois se ganhar. E, muito mais do que qualquer coisa, "mesmo sem ver, acreditar". Acima de tudo acreditar. E é - por mais difícil que a vida seja, por mais que pareça que nada acontece, por mais que os dias se repitam e custem - crer, todos os dias, "Que a noite sempre se tornará dia / E o brilho que o sol irradia há-de sempre nos iluminar". Fevereiro acabou. E agora? Agora, na vida como na letra da música, "Algo me diz que a tormenta passará". 

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