"Sei lá" - Músicas que nos espelham a alma
Tenho muito sobre o que escrever. Podia escrever sobre este janeiro, sobre as voltas inacreditáveis que a vida dá, sobre sonhos, sobre amor, sobre um conto ou dois que quero escrever, sobre a apresentação da tese que está a caminho, sobre a Ordem e a ansiedade que vai batendo à porta ao de leve, sobre o café que nunca se resolve, sobre o que ouvi numa consulta, sobre as voltas que o meu cérebro às vezes dá e sobre mais umas quantas coisas. Não tenho escrito porque há o trabalho, o estudo, o tempo que corre e as pessoas que nos ocupam - felizmente - o tempo. Mas há uns dois ou três dias que ando a bater de frente nesta música e a digeri-la e - caramba! - há mesmo músicas que nos lêem a alma e nos cantam sentimentos. Músicas que nos despem e que contam (e cantam) partes da nossa vida. Tivesse eu conhecido esta música há um ano atrás e ela seria - da primeira à última letra - o espelho exato e perfeito do meu coração e do momento que eu estava a viver. Entretanto a vida girou.. e voltou a girar. Não sei se esta música ainda me espelha o coração no presente - sei que em certa parte sim - nem sei o que a vida anda a fazer nestes giros que tem dado. Sei que "não vou a nenhum lado" e que a vida dá muitas voltas... oh se dá!
"Mas tu sabes lá, as guerras que eu tenho
Tu sabes lá, das canções que eu componho
Tu sabes lá, talvez nem sequer queiras saber
Mas tu sabes lá, da maneira que eu te amo
Tu sabes lá, digo a todos que é engano
Tu sabes lá, pergunto-te amanhã, mas não vais saber responder"
A letra completa:
Eu sei lá, em que dia da semana vamos
Sei lá, qual é a estação do ano
Sei lá, talvez nem sequer queira saber
Eu sei lá, porque dizem que estou louca
Sei lá, já não sou quem fui sou outra
Sei lá, pergunta-me amanhã talvez eu saiba responder
E eu juro, eu prometo e eu faço, e eu rezo
Mas no fim o que sobra de mim
E tu dizes coisas belas, histórias de telenovelas
Mas no fim tiras mais um pouco de mim
Então força leva mais um bocado
Que eu não vou a nenhum lado
Leva todo o bom que há em mim
Que eu não fujo, eu prometo, eu perdoo e eu esqueço
Mas no fim o que sobra de mim
Mas tu sabes lá, as guerras que eu tenho
Tu sabes lá, das canções que eu componho
Tu sabes lá, talvez nem sequer queiras saber
Mas tu sabes lá, da maneira que eu te amo
Tu sabes lá, digo a todos que é engano
Tu sabes lá, pergunto-te amanhã, mas não vais saber responder
Eu juro, eu prometo e eu faço, e eu rezo
Mas no fim o que sobra de mim
E tu dizes coisas belas, histórias de telenovelas
Mas no fim tiras mais um pouco de mim
Então força leva mais um bocado
Que eu não vou a nenhum lado
Leva todo o bom que há em mim
Que eu não fujo, eu prometo, eu perdoo e eu esqueço
Mas no fim o que sobra de mim
Sim, eu juro
Sim, eu juro