E então é quando percebes que és feliz ali
Estou há quase seis meses a viver uma nova fase profissional. Com muito de bom, apesar de todos os quilómetros diários e da distância. Sempre fui grande defensora da ideia de que no dia de anos ninguém devia trabalhar. Chegou agora a altura de marcar as férias todas (as que transitaram do ano passado e as deste ano). Vou fazer anos a uma segunda. No fim de contas percebi que nem queria tirar o meu dia de anos de férias. Podia. Sempre fui apologista disso. Mas não me fez tanto sentido quanto isso. Porque, na verdade, gosto daquelas pessoas. Gosto daquele espaço. Eles já são parte de mim. Eu já sou parte deles. Já pertenço àquele sítio e àquelas gentes. Eles já me pertencem. Quase meio ano depois, sou parte da mobília e a mobília já é parte de mim. Fazendo anos a uma segunda e não tendo planos propriamente espetaculares, fez-me todo o sentido ir lá e estar ali naquele dia, com aquelas pessoas. Partilhar parte do meu dia com eles. Ali. E então percebi muito mais. Percebi que isso é um sinal de que, no fim de contas, sou feliz ali. Foi a conclusão mais bonita que podia ter tirado deste momento de marcação de férias. Que seja sempre assim. Em princípio lá trabalharei, levarei bolo e deixarei que me cantem os parabéns e celebrem comigo. Só não prometo ser produtiva, mas isso nem sempre (ou nem todos os dias) tem de ser a variável mais importante ou mais prioritária. Se for feliz (se formos felizes), no final de contas seremos sempre mais produtivos.