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Manga Lima

Manga Lima

30
Mar22

E então é quando percebes que és feliz ali

Manga Meia-Loira

Estou há quase seis meses a viver uma nova fase profissional. Com muito de bom, apesar de todos os quilómetros diários e da distância. Sempre fui grande defensora da ideia de que no dia de anos ninguém devia trabalhar. Chegou agora a altura de marcar as férias todas (as que transitaram do ano passado e as deste ano). Vou fazer anos a uma segunda. No fim de contas percebi que nem queria tirar o meu dia de anos de férias. Podia. Sempre fui apologista disso. Mas não me fez tanto sentido quanto isso. Porque, na verdade, gosto daquelas pessoas. Gosto daquele espaço. Eles já são parte de mim. Eu já sou parte deles. Já pertenço àquele sítio e àquelas gentes. Eles já me pertencem. Quase meio ano depois, sou parte da mobília e a mobília já é parte de mim. Fazendo anos a uma segunda e não tendo planos propriamente espetaculares, fez-me todo o sentido ir lá e estar ali naquele dia, com aquelas pessoas. Partilhar parte do meu dia com eles. Ali. E então percebi muito mais. Percebi que isso é um sinal de que, no fim de contas, sou feliz ali. Foi a conclusão mais bonita que podia ter tirado deste momento de marcação de férias. Que seja sempre assim. Em princípio lá trabalharei, levarei bolo e deixarei que me cantem os parabéns e celebrem comigo. Só não prometo ser produtiva, mas isso nem sempre (ou nem todos os dias) tem de ser a variável mais importante ou mais prioritária. Se for feliz (se formos felizes), no final de contas seremos sempre mais produtivos. 

14
Mar22

Há (des)amores para a vida?

Manga Meia-Loira

Não sabia se algum dia ia voltar a escrever sobre isto, sobre ele, sobre esta história. Achei que não mas hoje faz-me sentido. Já passou tanto. Já passaram tantas coisas, tantos dias, tantas semanas, tantas vidas, tantas pessoas. Já passou tanto tempo. Já achei tantas vezes e durante tanto tempo que estava tudo curado... e na verdade quero acreditar (e acredito) que sim. Mas depois ele volta sempre. Mas depois há sempre uma frase, uma palavra, um momento que são gatilho para o passado. Mas depois há sempre uma conversa, uma passagem, uma lembrança e volto atrás. Mas depois seguimos como se nada tivesse acontecido e o meu coração às vezes lança um cartão vermelho. Mas depois há sempre ele, que vai e volta e está sempre lá. Mas depois há sempre o meu medo de ter de o ver ao lado de outra pessoa. De voltar a isso. De voltar a ter de lidar com isso. É verdade... em grande parte é verdade que estou curada. Passararam-se anos desde a conversa que foi o princípio do fim. Anos, acontecimentos e muito pelo meio. Deixou de doer. É verdade que deixou de doer. Também não conseguia continuar a viver assim. Curou. Deixou de doer. Mas caramba. Depois basta um dia, uma frase e uma associação de ideias que o coloca ao lado de outra pessoa e eu deixo de ser racional e viro doida. Lá está. Quero muito acreditar e acho que estou curada... mas volta e meia lá aparecem estas nuvens negras e carregadas para me lembrar que se calhar não está tudo tudo curado. O tempo passa. A dor passa. A calma vem. A paz vem. Mas depois continuo a ser humana, a ter coração, a sentir tudo e basta uma ideia para me virar do avesso. Hoje tive vergonha do que senti. Hoje estupidamente e sem qualquer motivo senti ciúmes. Ciúmes de alguém que não tem nem teve qualquer compromisso comigo, que nunca me prometeu nada, que nunca me entregou nada. Ciúmes de alguém que é livre e não me deve nada. Ciúmes nem eu sei bem de quem. Ciúmes da ideia de outas pessoas. Reagi a isso e fiz mal. Acho que fiz mal. Caramba. Só queria voltar a sentir-me e continuar a sentir-me em paz. Só queria estar certa de que nada acontecerá em mim se (e quando) o vir a viver um amor com outro alguém. Só queria estar certa de que vai significar zero para mim vê-lo seguir. Só queria que a vida me desse uma oportunidade de seguir eu em frente. Só queria a certeza de que estas nuvens não voltariam mais. Bolas. O (des)amor tem mesmo de ser assim tão difícil? Tem mesmo de ser assim tão duro? Já era tempo de passar. Passar com a certeza de que não volta mais.

14
Mar22

Dois meses e meio depois

Manga Meia-Loira

Não vinha aqui escrever desde 31 de dezembro do ano passado. Começamos um novo ano e, dois meses e meio depois, quis voltar aqui. Já aconteceu tanto mas tanto pelo meio. Na minha vida, à minha volta, no país e no mundo. Nestes dois meses e meio trabalhei muito e bem. Trabalhei muito e fui feliz no trabalho. Quase sem dar por isso estamos a chegar ao fim do período experimental. Deixamos de nos preocupar com o covid. Quando poderíamos começar a descansar da pandemia começou uma guerra aqui ao lado. O meu tio teve um ataque cardíaco e ficou bem. Já está em casa e bem. A guerra continua. A incerteza quanto ao futuro também. Haja família, saúde e trabalho.... e paz no mundo, se faz favor. Enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar. Ontem, hoje e amanhã. Haja estrada. E paz. 

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