Foram 27, agora são 28
Termino hoje os 27 e começo os 28.
Olhando para este ano que passou, só me posso mesmo sentir grata. Pouco depois do início, em setembro do ano passado, chamavam-me para uma aventura profissional que eu queria muito e que não esperava. Foi essa aventura, que começou logo no início de outubro, que acabou por dominar o meu ano e que encheu muito a minha vida. Ganhei um novo desafio profissional, ganhei uma nova cidade, ganhei uma chefia e colegas fantásticos, que superaram as minhas melhores expectativas, ganhei um gosto ainda maior pela área em que trabalho... o que dizer mais?! Nem eu poderia imaginar, naquele início, que aquele lugar estava, afinal, desenhado para mim e à minha espera, como se sempre chegássemos aonde nos esperam. Às vezes chegamos mesmo, e isso afinal pode aplicar-se ao trabalho. Pelo meio superei-me, cresci, aprendi, derrubei murros, deixei cair preconceitos e ideias feitas, saí da zona de conforto, desafiei-me, saltei sem rede de segurança e aprendi que sim - surpresa! - pode correr bem. E pronto, o meu ano andou muito à volta desta novidade profissional boa e ainda bem. Para lá do trabalho, tudo o resto se manteve. Não houve acontecimentos nem novidades de destaque, não houve assim nada de especialmente feliz ou triste. Tive saúde e paz, os meus também e o ano foi-se fazendo. Os meus (ainda) não voltaram, o amor (ainda) não aconteceu a sério, fui "tia" do bebé mais fofo do mundo, fui a dois casamentos, ganhei colegas de trabalho que se tornaram mesmo amigos, fiz inúmeras viagens, percorri centenas de vezes a autoestrada que me liga ao trabalho, vi o sol nascer e pôr-se pelo caminho, andei imensas vezes de comboio, descobri sítios novos para almoçar na cidade onde trabalho, resmunguei muito e também sorri muito (pois claro!) no trabalho e o ano fez-se assim.
Sobre o que está por vir: não sei bem e também já não me atrevo a fazer grandes pedidos ou ter grandes expectativas. Aliás, há um ano escrevi um texto sobre o que queria para os 27 e não mencionei, curiosamente, absolutamente nada sobre trabalho. Para depois ter um ano (bom) centrado nesse tema. Assim, decidi que este ano não refiro nada sobre desejos ou expectativas. Daqui a um ano volto a fazer contas, mantendo aquilo que já tenho de melhor - assim o espero - e num outro tempo pessoal e íntimo - assim o espero igualmente.
E nãoooo me digam que estou perto dos 30 que dentro de mim há - mesmo! - olhares assassinos.
28, siga que eu estou pronta!