Dos ciclos da vida ou de como percebemos que crescemos
Um dia és uma criança no meio do ToysRus a escolher os brinquedos que queres, no dia seguinte és uma senhora no meio do ToysRus a comprar um presente para o bebé de um amigo. Tenho pensado nisto, até porque a vida (e os bebés dos colegas de trabalho e dos amigos) me tem levado às lojas da Chicco e da ToysRus desta vida. A vida é cíclica: hoje és uma menina no meio da loja da Chicco com a mãe atrás de ti porque quer que experimentes vários sapatos, no dia seguinte és uma senhora de quase 30 anos no meio da loja da Chicco a espreitar babygrows de recém-nascido, doudous e coelhinos para colocar na berço porque queres oferecer um presente ao bebé da tua colega de trabalho que nasce em breve. Num dia és uma criança doida no meio do ToysRus a adorar os ursinhos enormes de peluche e a querer metade da loja, no dia seguinte és uma adulta e vais procurar um brinquedo para oferecer ao filhote do teu amigo que vai fazer um ano. Pronto. Cheguei oficialmente à segunda fase da vida. Aquela em que sou a adulta que vai a essas lojas comprar presentes para os filhos dos amigos e colegas. Se tudo decorrer normalmente, a seguir vem a fase em que vou a essas lojas fazer compras para o meu prórpio bebé e, se depois tudo continuar a decorrer normalmente, a seguir vem a fase em que vou a essas lojas fazer compras para os meus próprios netos. Uma vida que se pode resumir assim. Há uns dia tive precisamente este pensamento, quando fui à Chicco: crescemos quando os presentes para os amigos começam a ser dirigidos aos seus filhotes e a ter embrulhos da Chicco e da ToysRus. Tudo certo. É sinal que crescemos, que a vida acontece e que continuamos a acompanhar a vida uns dos outros. É a vida a acontecer e é bonito. Que assim continue a ser. É mais ou menos como os nossos pais cuidarem de nós, nós cuidarmos dos nossos filhos e depois cuidarmos dos nossos netos e também dos nossos pais.
(E depois desta publicidade, se as referidas lojas me quiserem oferecer vouchers, eu aceito!)