Janeiro que passa
Não, não aconteceu nada de especial neste mês. Comecei o ano do outro lado do mundo, com choradeira pelo meio e a estudar. Voltei "atordoada" com tudo, fiz um teste, fiz um trabalho, recebi notas, tive consultas, chorei e ri. Tive uma conversa que, espero, tenha sido a primeira de uma nova vida numa tarde deste mês naquele centro comercial. Ouvi algumas coisas sobre o (des)amor que me deixa sem chão e falaram-me em tempo. Estive com as minhas amigas muitas vezes. Estive com os meus amigos de cá. Voltei a ser apanhada de surpresa por um comentário que mais uma vez me deixou aparvalhada. Pensei - penso sempre - demais na distância da família e no quanto tudo me seria mais fácil se eles estivessem cá. Pensei - penso sempre - demais (e muito mais que aquilo que queria) nele e naquilo que ele sentirá ou quererá. Sobre ele e sobre o tempo, que foi a palavra que usaram, a verdade é que dói. Dói não saber, dói não ter certezas, dói vê-lo, dói ouvi-lo... só quero, mais do que tudo, que haja um momento em que ele fique entre a espada e a parede e se explique de uma vez por todas. Por mais duro que possa ser para mim, nada é pior do que viver com o "se".