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Manga Lima

Manga Lima

16
Fev16

Um dia

Manga Meia-Loira

Sol. Sorrisos. Luz. Paz. Amor. Verde. Cores. Beijos. Palavras. Sorrisos. Amor. Calma. Paz. Certezas. Azul. Sol. Sorrisos. Paz. Amor. Ar. Natureza. Paz. Amor. Sorrisos. Um dia. Um dia. Amanhã. Depois. Daqui a um ano. Daqui a uns quantos anos. Um dia. Paz. Amor. Sol. Sorrisos. Calor. Fora do corpo e dentro da alma. A paz dos dias, da luz, do azul, do verde. Da segurança. Da confiança. Das conquistas. Das raízes no sítio. Do amor. Amor. O de sempre, o da origem de tudo, do círculo de luz que se reencontrará, da paz merecida, do reencontro sofrido, das conquistas. E o que virá. Com descobertas e carregado de esperança e de futuro. Com as promessas segredadas e os planos únicos que se farão a dois. Com caminhos a construir e a conquistar, e a certeza de que o amor é o que nos salva. Sempre. E este trará a felicidade por descobrir, os encantos por viver, a doçura de disparates que se partilham a dois e a certeza de um caminho de sonhos e conquistas por percorrer, lado a lado. Sorrisos. De calma, de luz, de esperança, de calor, de sol e de amor. Paz. Amor. Sorrisos. Tranquilidade. Sonhos e desejos, de ontem e de hoje. A realizar ou não. Enquanto há sonho, há esperança, e enquanto há esperança, há vida. Paz. Amor. Sorrisos. O amor é o que nos salva. Já disse que o amor é o que nos salva? Paz. Amor. Sorrisos. Como o Senhor é meu pastor, nada me faltará. Paz. Amor (o que nos salva). Sorrisos. Ontem. Hoje. Amanhã.

22
Jul13

E que tudo mais vá para o Inferno...

Manga Meia-Loira
É. Olhar para o lado e perceber e ver que toda a gente continuou com tudo. Toda a gente prosseguiu e progrediu na estrada da vida. Toda a gente continuou a ter a sua casa, a sua sala, a sua televisão, o seu quarto, a sua cama, os seu bonecos, os seus sítios, as suas lembranças. Toda a gente continuou a ver o sol e o céu, o mar e a luz. Toda a gente continuou no seu espaço com as suas pessoas. Toda a gente continuou a viver. Toda a gente continua tudo. O dia continua a nascer todo os dias, o sol continua a pôr-se todos os dias. Os telejonais têm notícias para dar todos os dias e todos os dias têm ainda 24 horas. Afinal o mundo continuou a girar, eu é que não. É. Quem perdeu fui eu, tão verdade que nem eu queria ter razão. E todos podem, apesar de tudo, resmungar com o que quiserem, que estão todos a um oceano de distância de ter a noção do que é ver uma vida inteira e tudo o que ela tem e significa desfazer-se em pedaços de um dia para o outro. Literalmente. Queixem-se da política, queixem-se da economia, queixem-se do tempo e da saúde. Queixem-se sempre. Eu também já fui assim. E um dia pode ser que vos queixeis com razão. Pode ser que nesse dia as queixas vos doam, assim a bom doer, lá dentro e bem no fundo. É. E continuai com as queixas.. Até ao dia em que elas vos passarem para o lado de lá da pele. E que tudo mais vá para o inferno.
16
Jul13

...

Manga Meia-Loira
A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
Virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada!
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida.

E depois é isto. É o ponto em que se começa a ter mais medo da vida que de tudo resto. É o ponto onde tentar rir sem parar para não chorar, e falar alto, bem alto, para tentar diminuir o estrondo da dor deixam de ser suficientes. É o ponto onde pela primeira vez na vida escreves de forma consciente a única palavra que achavas algum dia ser impossível. É o ponto onde o desespero já começou a toldar o resto e o que sobra é quase nada. É o ponto onde o esgotamento começa a ganhar à vontade. É o ponto onde se vai desprendendo, a cada dia que passa, a cada semana que se conta, a cada mês que entra na conta, a tantos e todos os momentos de desespero que já estão na fatura, uma corda da fita gigante que um dia, ainda há menos de um ano, foi gigante. É o ponto onde já não há Norte nem ideia dele, onde se continua em queda e nada muda essa direcção, não se pode fazer nada, onde tudo se esgota, onde pedir ajuda não vale de nada porque os problemas do umbigo e do património de cada um já estão resolvidos, onde cada momento que passa é só mais um empurrão para o fundo, para o escuro. É. Pode acabar o mundo agora, ou só o meu, que já seria uma heroína. 355 dias em queda livre para o fundo e ainda me levanto da cama. Mas agora há uma diferença: já todos encontraram solução para os seus problemas, todos estão no seu "caminho certo" e eu já não quero. Já quis demais e tive de menos. Já deixei de entrar
13
Jul13

Hoje é Julho no mundo...

Manga Meia-Loira
Pena que quando se acorde para a vida seja tarde demais. Tarde demais para sorrir. Tarde demais para brilhar. Tarde demais para olhar o sol. Tarde demais para olhar para o céu. Tarde demais para amar. Tarde demais para dizer " És importante". Tarde demais para dar as mãos e dizer "Juntos vamos conseguir". Tarde demais para ter paz. Tarde demais para acordar e pensar em coisas boas. Tarde demais para sonhar. Tarde demais para sentir o calor e o frio e andar ao ar livre. Tarde demais para ver o azul do mar e o verde das montanhas. Tarde demais para saber ouvir o outro. Tarde demais para olhar para o outro e perceber, de fora para dentro, um bocadinho do que lá vai dentro. Tarde demais para tentar recomeçar. Tarde demais para também voltar atrás. Tarde demais para fazer algo enquanto é tempo. Tarde demais para repensar em soluções. Tarde demais para fazer tudo diferente. Tarde demais para refazer tudo outra vez. É pena. É mesmo pena que só se acorde para a vida tarde demais. É pena. É mesmo pena.
11
Jul13

Peso

Manga Meia-Loira
É o peso de todas as dores. É o peso de todas as feridas. É o peso de toda a mágoa e toda a revolta. É o peso de "Julho". É o peso das ruas daquela cidade. É o peso daquela estação. É o peso de voltar a entrar numa carruagem. É o peso deste ano inteiro de inferno que passou e da incerteza do que vai vir. É o peso de reviver tudo. Mil vezes mais magoada e um milhão de vezes mais ferida.
08
Jul13

Perda(s)

Manga Meia-Loira

Quem perdeu fui eu. Fui sempre eu.. Sou eu. Há perdas e perdas, e se há alguém no meio de tudo isto que perdeu tanto de tudo até ao limite de perder o Norte e se perder a si próprio.. esse alguém sou eu, tenho sido eu. Perder tudo até ao limite de já nem lembrar bem um bocadinho do tudo que um dia se teve. Perder tudo até onde já não resta mais nada. Perder tudo até descer bem fundo e descer tão fundo até onde a luz não chega. Ser espectador e personagem principal de todas estas perdas e ver as luzes apagarem-se, uma a uma, muito lentamente. Gritar, arrancar cabelos, pedir socorro, e perceber que do fundo ninguém ouve nada. Afinal quem perdeu fui eu e perdi ainda antes do início. Já estava perdida que dá dó e ainda nem sonhava com um pedaço que fosse deste pesadelo. Perdi ainda antes de partir para a batalha. Perdi ainda não tinha começado e seria sempre a derrotada, ainda que não existisse batalha. Perdi antes. Perdi quando começou. Perdi sempre mais de cada vez que quis ir à luta e tanto mais quanto maior fosse a força. Parti muito mais de trás e para me salvar teria sempre de chegar muito mais longe. Perdi e fui apanhada de surpresa. Perdi e fui arrastada para este jogo perdida e sem saber as regras. Perco sempre e serei sempre a derrotada escolhida a dedo enquanto isto durar. Há coisas contra as quais não vale a pena lutar, ainda que aceitar isso seja perder e perder doa daqui até à lua, vezes mil. Perdi quando torci as entranhas e revolvi o céu e o inferno na vã tentativa de fazer algo, o que quer que fosse, contra esta mais-que-perdida batalha. Perdi -perco- sempre que acredito que posso vencer. Perdi e perco de cada vez que tento não perder e perco tanto mais quanto mais tento não perder. Perdi -perco- de cada vez que tento/acho possível soldar as perdas e passar-lhes por cima, dia algum. Quem perdeu fui eu e perco ainda de cada vez que tento pensar que há mais e não sou a única. Perco simplesmente e sempre mais por não poder fazer nada. Porque fui eu que vi os meus sonhos e planos serem arrancados a ferros e desfeitos pedaço por pedaço. Porque fui e sou eu que me perdi tanto que ainda ando às aranhas no meio de tudo isto. Porque fui eu que fiquei sem nada trancada e cerrada entre muros inquebráveis a ver tudo desaparecer. Porque sou eu que me tenho deixado arrastar pelos dias, caída, ferida, magoada e presa por todos os lados.

02
Jul13

A primeira metade

Manga Meia-Loira
Esta primeira metade do ano foi olhar para todas as dores e feridas e tentar fazer algo antes que fosse tarde demais. Falta o resto. Resto é uma palavra feia mas depois de tudo já não sei se estou preparada para muito mais. Talvez o calor comece a ajudar a secar as feridas todas... ou algumas. Mais que nunca me vem aquela frase: "Como o Senhor é meu pastor nada me faltará". É das pouquíssimas certezas que a lucidez ainda me deixa ter.
02
Jul13

Dói-Dói# 1234567890

Manga Meia-Loira
Um dia, um dia qualquer, um dia do mês que vai marcar os 365 dias deste inferno, és acordada para a dor, e percebes que há dores e feridas que estão condenadas a não desaparecer, que há vias sacras que temos que aguentar sozinhos. Ou que se aguenta até quando der. Até quando a dor deixar, até onde as feridas permitirem. E percebes que a dor já vai tão longe e tão funda que já está espalhada pelo corpo e por tudo o que mais houver. Sou a única náufraga num mar de sobreviventes ou a única sobrevivente num mar de náufragos.
28
Jun13

Aquele banco

Manga Meia-Loira

Tu sabes, e eu sei que sabes, o quanto é estranho olhar para aquele banco, para aquele sítio, para aquelas escadas, e pensar que ainda há tão pouco tempo estávamos lá a dizer-te adeus. E muito mais estranho ainda é pensar no tudo que aconteceu às nossas vidas desde aí. Tu sabes. E há quanto baste nesse "saber".. esse "saber" que é todo o sentimento que só algum dos nossos, como tu, poderá entender.

26
Jun13

E se...

Manga Meia-Loira

E se há 11 meses o destino não me tivesse tramado? E se há 11 meses a vida não me tivesse abandonado assim como fez? E se há 11meses o mundo não me tivesse largado, assim como quem a alta velociddade e sem parar atira uma vida ferida para a estrada sem olhar para trás? E eu? E se eu não tivesse sido assim bruscamente largada e abandonada, ferida e à minha sorte? E se todas as correntes de segurança e protecção que nunca tinham falhado não me tivessem largado também? E se todo o mundo não tivesse assim sido quebrado? E se não tivesse desaparecido assim o chão e o céu, as cores e o brilho, o sol e a lua? E se aquela conversa não tivesse acontecido? E se aquela vigem, que não foi com destino à minha cidade mas ao inferno, (sei isso claramente) tivesse sido só mais uma? E se aquele dia não estivesse no calendário? E se aquele mês e aquele ano não tivessem a mancha do início do fim de tudo? E se aquela chegada a casa tivesse sido só mais uma? E se eu tivesse adormecido na noite anterior e só tivesse acordado no dia seguinte? E se tudo não tivesse começado lá? E se nada tivesse sido como foi? E se aquilo nunca tivesse acontecido? E se eu não tivesse sido assim abandonada, largada e desprezada com toda a brutalidade por tudo o que me prendia, tudo o que queria, tudo o que sonhava, tudo o que amava? E se não, e o céu continuaria azul e no sítio dele, e a lua continuaria brilhante, e o sol continuaria a fazer-me viver, e os dias continuariam a cheirar a vida? E se aquela segunda parte daquele tão ironicamente (mal)dito Verão tivesse apenas completado aquele que deveria ter sido o meu mais especial Verão de todo o sempre? E se completar a maioridade tivesse sido mais que multiplicar todo aquele/este sentimento de acidez, fraude, impotência e injustiça? E se tudo aquilo que era meu por direito e mérito, todos os objectivos, projectos e sonhos, não tivessem sido assim arrancados a ferros e a sangue frio entre uma noite e outra e.um dia que ainda está entalado na garganta e atravessado no coração? E se Setembro tivesse marcado o primeiro mês do resto do resto da minha vida? E se a vida tivesse prosseguido? E se eu pudesse ter feito algo, de tudo o que quer fosse, para mudar tudo isto? E se eu pudesse ter ido, ao fim do mundo que fosse, para não ter de ver os pedaços desfeitos de todos.os projectos.que tinha, para não.ter de ver.tudo a desmoronar-se,pedaço a pedaço, passo a passo, sem poder fazer nada? E se eu não tivesse andado a minha vida inteira a lutar e a construir tudo o que dasabou entre uma noite e outra e um dia que não passou? E se tudo seguisse os planos qie só existiram, sei agora, na minha cabeça? E se o mundo e todas as pessoas também tivessem parado? E se o dia não nascesse mais e as cores e o brilhos e o cheiro a vida fossem arrancados do universo como a minha vida foi de mim? E se por aqueles dias a minha vontade fosse muito para além da de fazer o mundo desaparecer? E se eu tivesse dia algum aceitado isto e, dessa forma, abandonado tudo o que sempre fui, tudo por que vivo? Pois. O problema não é tudo o que de negro já aconteceu, não é o agora ou tudo o que de negro ainda está por vir, nem o estar aqui, lá ou onde quer que seja. O negro é o se, são todos estes "se's", é ver tudo desabar e ser arrancado sem poder fazer nada, é tudo o que se perde e se destrói pelo meio, é o não poder mais (nunca mais) voltar a viver o que se perdeu, é ter perdido pedaços de sonhos irrecuperáveis, é não haver um fim à vista. É ninguém perceber nem um pedacinho de todas estas feridas e mágoas. É todos trocarem os dedos pelos anéis e ninguém ter a mínima percepção do tudo que se perde a cada dia, a cada hora, a cada mês, e nunca mais se recupera.. É todos os dias de cada mês vezes onze, e todos os os dias de cada mês vezes onze vezes todas estas feridas abertas. É demasiado quando se tinha todos os sonhos do mundo, é demasiado quando se é assim deixado à bruta força num canto da estrada da vida e todos continuam o seu percurso. É sempre, tão só, demasiado, e tudo continua a ir longe demais.

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